utilizam uma ampla variedade de recursos e equipamentos naturais como, fogão a lenha ou carvão, pilão para triturar alimentos, colheres de pau, pratos de barro dentre outros. Isto se faz necessários, pois quanto maior o uso de elementos extraídos diretamente da natureza, maior é a energia envolta no preparo. Além disto, dão um sabor inigualável às comidas típicas dos terreiros!
Contudo, além destes critérios, é fundamental o conhecimento das propriedades espirituais e enérgicas de cada ingrediente, assim como a sua associação particular com cada orixá. A citar como exemplo, um dos ingredientes oferecidos a Ode, divindade da caça, é o milho, mas não por acaso. Esta atribuição dá-se em virtude do milho representar no mundo espiritual a fartura, que esta associada diretamente a qualidades deste Orixá enquanto provedor de alimento. Assim por diante originou-se o complexo código da milenar, vasta e diversificada "comida de santo".
O segredo envolto ao preparo está ligado à preservação da energia contida na oferenda. Para não correr o risco de interferências de pensamentos ou o absorvimento de alguma força não desejada, os alimentos depois de prontos são imediatamente cobertos por uma toalha branca, protegendo também de sujeiras naturais. Esta tolha só é retirada no momento da apresentação da oferenda aos pés da divindade. Momento onde a comida sacralizada é oferecida, representado amor, respeito, carinho e devoção do (a) devoto (a) ao Orixá.